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Com o passar do tempo, não tem jeito: perdemos músculos. Esse processo se acentua depois da sexta década de vida e pode resultar em perda de força, dificuldade para se movimentar, maior risco de quedas… Uma maneira de driblar o enrosco é garantir o consumo adequado de proteínas. E a carne vermelha é desses alimentos que possuem a versão mais valiosa do nutriente.
Ocorre que o ponto de cozimento faz diferença na sua posterior absorção. É o que demonstraram cientistas da Universidade de Clermont Auvergne, na França. A prova veio após voluntários de 70 a 82 anos comerem, em ocasiões diferentes, um corte malpassado e outro bem cozido. Pois as proteínas da segunda opção foram mais bem assimiladas pelo corpo.
Para a nutricionista e gerontóloga Maristela Strufaldi, de São Paulo, apesar de a pesquisa ser pequena, os achados são importantes. “As proteínas começam a ser digeridas no estômago. Então, a textura e o bom cozimento favorecem sua absorção”, explica.
O ponto da carne
Malpassada: para não correr o risco de contaminação por micro-organismos, o cozimento tem que atingir pelo menos 70 °C.
Ao ponto: garante não só o aproveitamento das proteínas como facilita a mastigação e a digestão.
Passado demais: torrar a carne (ainda mais no carvão) gera elementos cancerígenos. Se curtir, coma só às vezes.
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